Sem indicar dados atualizados da redução dos tempos de espera em cirurgia, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, assinalou a "evolução positiva nos primeiros quatro meses deste ano" no número de operações, o que poderá acompanhar a tendência de descida dos tempos de espera registada em 2014.

"Temos de tomar medidas adicionais, para não deixar que haja derrapagem nos números dos tempos de espera para cirurgia", disse, depois de ter presidido à cerimónia de assinatura de adendas a contratos-programa de hospitais, de norte a sul.

Paulo Macedo, no entanto, frisou "a preocupação" pela carência de médicos anestesistas, que, alertou, pode provocar o aumento do período de espera de um doente, que tenha de ser submetido a operação cirúrgica.

O ministro afirmou que houve um aumento de cirurgias em 2014, com 550 mil cirurgias, o que representa um acréscimo de um por cento relativamente ao ano anterior, e mais cerca de 60 por cento comparativamente a 2012.

Paulo Macedo declarou que o Plano de Intervenção em Cirurgia (PIC), cujas primeiras adendas a contratos-programa com 17 hospitais de todo o país foram assinadas hoje, em Lisboa, poderá contribuir para a redução dos registos relativos a este ano.

O PIC disponibiliza um total de 22 milhões de euros até final do ano e, hoje, foram assinados acordos para que se possam realizar mais de 16 mil cirurgias adicionais em unidades hospitalares, sem que estas coloquem em causa a programação normal de operações.

Pelos primeiros 17 hospitais que aderem ao PIC - para realizarem operações adicionais nas áreras da patologia neoplástica (mama e próstata), hérnia discal, artroplastia da anca e cataratas - será distribuído um total superior a 10 milhões de euros.