O anúncio da ministra Constança Urbano de Sousa foi feito durante a assinatura de um protocolo entre os ministérios da Administração Interna e da Saúde, para a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos elementos da PSP e da GNR, em risco de suicídio.

Na cerimónia, a ministra da Administração Interna avançou que, no âmbito do grupo de trabalho para a prevenção do suicídio, nas forças de segurança, vai ser feito um estudo, que tem como objetivo “realizar uma autópsia psicológica para melhor se definir e aferir quais os fatores de ricos”.

“Este plano visa sobretudo evitar os fatores de risco e o estudo vai precisamente permitir aferir quais são as causas. É uma autópsia psicológica para aferir com maior rigor quais são as causas para podermos atuar”, sustentou.

Constança Urbano de Sousa avançou também que, neste momento, está a ser estudado “um reforço do número de psicólogos” para os gabinetes de psicologia da PSP e GNR.

Polícias têm 40 psicólogos ao dispor 

Segundo a ministra, a PSP e a GNR têm atualmente cerca de 40 psicólogos.

Sobre o protocolo hoje assinado, que se insere no Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança 2016/2020, a governante afirmou que visa “sobretudo um reencaminhamento muito mais facilitado” dos polícias, em condições de “particular risco de suicídio, para os serviços do SNS”.

A criação deste sistema de referenciação e encaminhamento vai permitir, segundo a ministra, “combater, de forma mais eficaz”, o fenómeno do suicídio nas forças de segurança.

O protocolo visa a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento dos elementos das forças de segurança, considerados em risco de suicídio mediante avaliação dos gabinetes de psicologia da PSP e da GNR, para os departamentos ou serviços de psiquiatria e saúde mental dos estabelecimentos hospitalares do SNS.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que, com este protocolo, os elementos da PSP e da GNR e os seus gabinetes de psicologia vão passar a ter um acesso mais facilitado aos serviços do SNS.

“Uma espécie de via verde, que faça com estes profissionais tenham um atendimento prioritário, porque estão expostos a uma carga e a um risco diferente do resto da população”, disse aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, destacando "a facilidade com que as forças de segurança e os seus gabinetes psicologia" podem passar a aceder ao SNS.

O grupo de trabalho para rever o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança foi criado em novembro de 2015, devido ao número de suicídios registados na PSP e na GNR, no ano passado.

Em 2015, suicidaram-se sete agentes da PSP e cinco militares da GNR.

Um bocadinho de gossip por dia, nem sabe o bem que lhe fazia.

Subscreva a newsletter do SAPO Lifestyle.

Os temas mais inspiradores e atuais!

Ative as notificações do SAPO Lifestyle.

Não perca as últimas tendências!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOlifestyle nas suas publicações.