Nazira Abdula descreveu o perfil epidemiológico de Moçambique, quando falava na abertura da primeira sessão do Comité Nacional de Coordenação entre o Ministério da Saúde de Moçambique e organizações não-governamentais.

"As doenças preveníveis, nomeadamente a malária, HIV, tuberculose e doenças não transmissíveis continuam a ter um significativo peso e estão no topo dos principais desafios do nosso setor", disse Abdula.

Por outro lado, adiantou a titular do pelouro da Saúde em Moçambique, o trauma, a vulnerabilidade do país aos desastres naturais e a ocorrência de surtos epidémicos começam a influenciar o perfil epidemiológico do país e a colocar desafios adicionais à capacidade de resposta do sistema de saúde.

Nazira Abdula destacou que o atual estado de saúde da população moçambicana impõe a necessidade de acelerar os progressos que o país tem vindo a registar na redução do peso das doenças, com o envolvimento das organizações que atuam no setor da saúde.

"A existência das ONG tem em vista complementar os processos de implementação das ações constantes no programa do Governo aos vários níveis", frisou Abdula.

Apesar de enaltecer o papel das organizações não-governamentais no setor da saúde, a governante criticou o desalinhamento da atuação de algumas organizações com as políticas definidas pelo Governo na área, sobretudo em relação ao ciclo de planificação a diferentes níveis.

"Apesar dos longos anos de parceria, continuamos reiteradamente a pautar por uma conduta de incumprimento de algumas regras elementares estabelecidas no âmbito do relacionamento entre as instituições", enfatizou Nazira Abdula.