28 de fevereiro de 2014 - 08h22
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse na quinta-feira que das 45 medidas impostas pelo memorando da troika na saúde 39 já foram aplicadas, 12 estão em curso e duas estão por aplicar: uma delas é a não acumulação de dívidas vencidas pelos hospitais, algo que continua a ser um problema, admitiu o ministro num conferência organizada pela rádio TSF e o laboratório AbbVie sobre a sustentabilidade na saúde.
A outra medida por cumprir refere-se à meta dos valores obtidos através do aumento do valor das taxas moderadoras, que ficou aquém dos objetivos, disse Paulo Macedo.
Segundo o jornal Público, o minsitro da Saúde frisou que a baixa do preço dos medicamentos foi aplicada com benefício para os utentes e não fazia parte do compromisso assinado com as instituições internacionais. Por isso, Paulo Macedo negou que tenha ido para além da troika.
De acordo com o títular da pasta da Saúde, na repartição do esforço de poupança, 38% recaiu na indústria farmacêutica, 12% nos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e a mesma percentagem nas despesas com pessoal. Só 3% ficou do lado do utente.
O chefe do ministériogarantiu ainda que não fez “cortes cegos”, sublinhando que “há cortes virtuosos” que estão no terreno, como seja o combate às fraudes, desperdício e a poupança nas rendas excessivas.
Paulo Macedo anunciou ainda que, a partir de abril, a Linha de Saúde 24 passará a ter uma forma de acompanhamento vocacionada para os idosos. 
Na conferência foi apresentado um estudo realizado pelo Instituto Superior de Estatística e Gestão da Informação, da Universidade Nova de Lisboa, patrocinado pela farmacêutica Abbvie, que concluiu que, com a atual estrutura de financiamento, por cada euro investido em saúde, juntando a despesa pública e privada, há um retorno imediato de 46 cêntimos no Produto Interno Bruto.
SAPO Saúde com Lusa