Em declarações à Lusa, esse responsável reconheceu que a tarefa que tem em mãos envolve uma estrutura com "um certo grau de complexidade", mas afirmou: "Acredito nos nossos profissionais e no seu envolvimento e motivação, para fazer a diferença na garantia de um serviço de saúde com os mais elevados padrões de qualidade à população da nossa área de referência".

"Conseguiremos superar as adversidades e alcançar para esta instituição o estatuto que sempre teve, de entidade reconhecida no país como uma referência na área hospitalar", explica no seu primeiro dia de funções no cargo.

Natural de Vila do Conde, onde nasceu em 1971, Miguel Paiva é licenciado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e tem formação académica adicional em Administração Hospitalar e Gestão de Serviços de Saúde.

Até à aprovação da sua nomeação para o CHEDV em Conselho de Ministros, esta quinta-feira, foi vogal executivo do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, em Santo Tirso, onde assumiu a coordenação do Gabinete de Gestão de Risco e dos serviços de Recursos Humanos e Instalações e Equipamentos.

Nos últimos anos, Miguel Paiva vinha também desenvolvendo consultoria especializada para empresas do ramo da Saúde, sendo que, entre 2005 e 2013, dirigiu no Porto uma unidade prestadora de cuidados de ambulatório e, antes disso, foi vogal do conselho de administradores da Administração Regional de Saúde do Norte.

Em 2013 foi ainda candidato pelo PSD nas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Vila do Conde, o que classifica como "um acaso" no contexto geral da sua carreira de gestor.

Nas suas novas funções no CHEDV, Miguel Paiva vai agora ser acompanhado pela médica anestesista Paula Sarmento, a nova diretora clínica da unidade, e pela enfermeira-diretora Sara Pereira, docente da Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha de Oliveira de Azeméis. Ambas essas profissionais integram o quadro do Hospital da Feira.

Como vogais da administração, por sua vez, o Conselho de Ministros aprovou a nomeação de Margarida Ornelas, que integrava a equipa cessante, e Rita Moutinho, que vinha desempenhando funções de Auditora Interna no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Para o presidente da Câmara Municipal da Feira, fica assim "resolvido o impasse em que o hospital se encontrava" desde o anúncio da saída dos seus anteriores diretores.

"Para um equipamento destes trabalhar bem, precisa de ter um conselho de administração a funcionar em pleno", defende Emídio Sousa. "A equipa cessante fez um bom trabalho e não foi por acaso que o Hospital da Feira foi considerado o melhor do seu segmento, mas acredito que a nova administração também irá ter um excelente desempenho", acrescenta.

Realçando que "a Saúde representa neste momento um dos setores mais sensíveis da comunidade", o presidente da Câmara defende, aliás, que a experiência do novo administrador em diferentes áreas da gestão hospitalar "só pode ser um bom sinal".