"É importante sensibilizar toda a população para os riscos associados aos mergulhos durante a época balnear, ainda que estas situações sejam mais frequentes na população mais jovem. Um mergulho mal executado ou em locais onde a profundidade da água não é suficiente pode significar uma lesão permanente na coluna com um grande impacto na qualidade de vida e é fundamental que as pessoas saibam quais as consequências potenciais destes erros", alerta Paulo Pereira, neurocirurgião e coordenador nacional da campanha "Olhe Pelas Suas Costas".

E acrescenta: "Embora sejam muitas vezes desvalorizados, estes traumatismos da coluna cervical relacionados com mergulhos são a terceira causa de lesões na espinal medula, a seguir aos acidentes de viação e às quedas de grandes alturas, estas últimas mais associadas a acidentes de trabalho".

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De acordo com o médico Paulo Pereira, "todos os anos surge um número elevado de internamentos de jovens, na sua maioria do sexo masculino, vítimas de acidentes de mergulho em águas rasas. Estes são tipicamente aqueles mergulhos em que a vítima corre até à água do mar, mergulha e bate com a cabeça na areia ou numa rocha que estava encoberta sob a superfície da água, provocando um traumatismo da coluna cervical que pode ter como desfecho uma paraplegia ou tetraplegia".

"As pessoas ficam parcial ou totalmente dependentes para o resto da vida e os jovens devem estar conscientes destes riscos, sabendo ainda que, em casos mais graves, este tipo de acidentes pode mesmo ter como desfecho a morte da vítima", conclui.

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