O pedido surge depois da divulgação de um estudo feito pelo SIM em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto que avaliou 228 mil consultas de Medicina Geral e Familiar em 2016.

Segundo a análise, os doentes dos 80 aos 89 anos com diabetes, hipertensão e depressão vão ao médico de família quase 8 vezes por ano.

O número mínimo de consultas é atingido nas idades entre os 10 e 19 anos, aumentando gradualmente a partir dessas idades à medida que os utentes ficam mais velhos. Os dados levam o secretário-geral do sindicato a pedir, que nas ponderações que existem na lista de utentes por médico de família, se passe a ter em conta não apenas a idade mas também as doenças diagnosticadas, escreve a TSF.

"Não diminuindo a carga de trabalho. A carga mantém-se para acompanhar devidamente os doentes mais idosos", diz Jorge Roque da Cunha, médico de família e secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos.

Segundo a referida rádio, no entender do sindicato, esta seria uma forma de levar todos os médicos de família a responder a tempo, horas, sem listas de espera e com qualidade aos pedidos de consulta dos utentes.

Depois da passagem da troika por Portugal, o número de doentes por médico de família passou de 1500 para 1900.

Esta sexta-feira está marcada uma nova reunião daquele sindicato com a secretária de Estado da Administração Pública, mas Roque da Cunha não está otimista. "Aquilo que o ministério da Saúde e o ministério das Finanças propôs ainda não foi nada e estamos a ser empurrados para a greve", admite.

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