O valor do incentivo varia entre os 556 euros e os 741 mensais, dependendo do aumento do número de utentes e do regime de trabalho (35 ou 40 horas semanais). A proposta de carácter temporário pretende assim dar médico de família a 197 mil utentes.

Entre as zonas mais críticas e a ser abrangidas pela medida estão os agrupamentos de centros de saúde (ACES) de Pinhal Litoral (na região Centro), Cascais, Lisboa-Norte, Loures-Odivelas e Sintra (na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo), a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e ainda nos ACES de Algarve Barlavento e Central.

A verba do Ministério da Saúde para este nova proposta ultrapassa os onze milhões de euros para dois anos.

Tanto a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) como os dois sindicatos médicos consideram a proposta "eleitoralista" e prevêm pouca adesão, escreve o jornal Público.

Os profissionais de saúde argumentam que já é difícil prestar bons cuidados de saúde, temendo que o aumento da carga de trabalho piore a qualidade dos cuidados prestados.

Pretende-se que cada médico consiga responder a, no máximo, 1905 utentes (para os que trabalham 35 horas semanais) e  2260 (para os que trabalham 40 horas semanais).