4 de abril de 2014 - 14h44
O número de médicos por mil habitantes em Portugal aumentou de 3,2 para 4,2 numa década, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala na segunda-feira, o INE revelou estatísticas referentes à área da saúde na década de 2002 a 2012.
O aumento de clínicos inscritos na Ordem dos Médicos teve, nesses 10 anos, um saldo positivo de 10 mil profissionais.
A par do crescimento de médicos, houve igualmente um aumento contínuo dos enfermeiros em Portugal, num acréscimo total de 23 mil profissionais na década analisada.
O rácio de enfermeiros por mil habitantes passou de quatro em 2002 para 6,2 em 2012.
Ao longo dos dez anos, o número de enfermeiros nos hospitais públicos portugueses “registou um claro reforço”, refere o boletim do INE, enquanto nas unidades privadas se verificou uma estabilização.
Aliás, mais de 90% dos enfermeiros em Portugal estavam, em 2012, afetos aos hospitais públicos. 
Mais consultas
O número de consultas médicas nos hospitais portugueses cresceu quase 70% em 10 anos, uma tendência comum a unidades públicas e privadas, mas mais marcada nos hospitais particulares.
Na década analisada, entre 2002 e 2012, as consultas externas nos hospitais foram registando aumentos sucessivos: mais de nove milhões em 2002, mais de 13 milhões em 2007, 15 milhões em 2008 e mais de 16 milhões a partir de 2011.

O boletim do INE, divulgado a propósito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala na segunda-feira, mostra que a tendência de aumento das consultas é comum tanto aos hospitais da esfera estatal como aos privados.
Cerca de sete em cada 10 consultas externas são realizadas pelos hospitais oficias, mas tem aumentado a percentagem de consultas nas unidades privadas em relação ao total.
Em 2002, os privados asseguravam 16,5% de todas as consultas e, dez anos mais tarde, passaram a ser responsáveis por 27,7%.
No último ano analisado pelo INE, 2012, as especialidades de oftalmologia, ginecologia-obstetrícia e cirurgia geral eram as que registavam maior número de consultas nos públicos. Nos privados, lideravam a ortopedia e a oftalmologia.
Tal como as consultas, também o número de grandes e médias cirurgias cresceu de forma contínua entre 2002 e 2010, registando apenas uma diminuição em 2011 e 2012.
Situação idêntica viveu a área dos meios complementares de diagnóstico, com uma redução dos atos nos últimos dois anos analisados.
Contudo, o decréscimo a partir de 2011 é apenas registado nos hospitais públicos, com os privados a reforçarem o seu papel na realização de exames de diagnóstico: em 2002 realizavam 1,1% do total e em 2012 já representavam quase oito por cento.
SAPO Saúde com Lusa

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