O governante explicou que este acordo resultou de contactos entre o executivo regional e o Ministério da Saúde e que os médicos vão deslocar-se à Madeira todos os fins de semana, em grupos de três: dois ortopedistas e um anestesista.

João Faria Nunes destacou que a disponibilidade dos médicos anestesistas, em particular, é decisiva para reduzir as listas de espera para cirurgia.

O secretário regional da Saúde falava na sessão de abertura do Congresso Nacional do Pé e do Tornozelo, organizado pela Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé, que reúne mais de 100 especialistas na capital madeirense até sábado.

"Um dos principais entraves à melhoria dos cuidados de saúde tem sido, à semelhança do que se passa no resto do país, a falta de médicos em várias especialidades, entre elas a ortopedia", afirmou João Faria Nunes, vincando que esta carência se agrava quando está em causa um território insular como a Madeira.

O responsável lembrou que, nos últimos anos, os sistemas de saúde ficaram "reféns" dos objetivos de contenção de despesa pública e enfrentaram com isso "inúmeros constrangimentos financeiros", que abalaram a confiança dos utentes e provocaram nos profissionais grandes frustrações.

"Na economia de saúde a redução dos custos não se pode fazer à custa do doente", disse, sublinhando que o "novo ciclo de governação" na região autónoma aposta em construir pontes com as entidades nacionais e em lançar os pilares para um sistema de saúde renovado e capaz de responder com maior eficiência às necessidades de saúde da população.