"Com esta iniciativa queremos sensibilizar os mais novos para os riscos que correm quando dão mergulhos, tanto nas piscinas como nas praias, em águas pouco profundas", explica o médico ortopedista Manuel Tavares de Matos, presidente da SPPCV. E acrescenta: "As lesões da coluna na sequência de acidentes de mergulho são potencialmente graves e contribuem para as taxas elevadas de incapacidade permanente. É por isso essencial o alerta e a sensibilização junto dos mais novos".

Para prevenir as lesões na coluna, a Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral recomenda que verifique sempre a profundidade da água antes de mergulhar e que se mantenha dentro da zona supervisionada. Deve evitar-se mergulhar sob o efeito de bebidas alcoólicas.

"Os sinais e sintomas de lesão na coluna incluem: dor no local lesionado eventualmente com irradiação aos membros superiores, náuseas, cefaleias ou tonturas, fraqueza ou incapacidade em mover os braços ou pernas; formigueiro ou dormência nos membros e na área abaixo da lesão, estado de consciência alterado, dificuldades respiratórias, perda do controle da bexiga ou do intestino", refere o especialista.

"Se presenciar um acidente e suspeitar de uma lesão da coluna deve contactar de imediato o 112 e chamar uma ambulância. Não deve mover a pessoa, uma vez que qualquer movimento numa coluna já danificada pode causar danos permanentes", alerta ainda.

Estima-se que aproximadamente 9% de todos os casos de lesão na coluna estão relacionados com água, sendo que mais de metade (59%) desses casos acontecem a pessoas com menos de 35 anos. Já 63% das lesões são resultado de mergulhos na água e 19% estão relacionadas especificamente com o surf.

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