Os rastreios vão decorrer na Praça de S. Mamede e no Terreiro do Paço, junto ao Cais das Colunas, das 10h00 às 18h00 e toda a população é convidada a participar. Estes rastreios contam com o apoio do Núcleo Saúde Mais Próxima da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da Essilor e estão abertos a adultos e crianças.

“Os rastreios da visão são fundamentais porque há várias doenças oculares que podem ser prevenidas ou tratadas se forem diagnosticadas a tempo”, diz Manuel Monteiro Grillo, médico e presidente da SPO. “A saúde visual é um dos aspetos ao qual é preciso dar mais atenção, mas cuja importância as pessoas ainda tendem a ‘esquecer’ ou negligenciar”, acrescenta o oftalmologista.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as deficiências visuais são mais frequentes na população idosa, com os números mais recentes (2010) a revelar que 82% das pessoas invisuais e 65% das pessoas portadoras de défice de visão parcial ou total têm mais de 50 anos.

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Um envelhecimento “acompanhado por problemas visuais, que se complicam. Mas até para estes, graças aos avanços dos últimos anos na área da oftalmologia, é possível dar resposta e até mesmo evitar a cegueira”, reforça o especialista.

A catarata, uma doença que se caracteriza pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho, é uma dessas doenças, cujos sintomas passam pela diminuição progressiva da acuidade visual, sensação de névoa, fotofobia, halos e dificuldade de visão em situações de luminosidade excessiva ou de muito pouca luz, o que pode originar fadiga ocular na condução e no trabalho com monitores. E ainda que não seja fácil a sua prevenção, é possível tratar este problema, que pode ser detetado atempadamente, com uma observação feita pelo médico oftalmologista.

O mesmo acontece com muitos dos erros refrativos, como a miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia, que podem ser corrigidos, sendo mais uma vez o diagnóstico precoce a melhor forma de evitar maiores problemas. “A consulta regular ao oftalmologista, sobretudo depois dos 40 anos, é muito importante. A prevenção é, aqui como em muitas outras áreas, a melhor arma”, reforça Manuel Monteiro Grillo.

Em Portugal, de acordo com a Direção-Geral da Saúde, estima-se que cerca de metade da população sofra de alterações da visão, que vão da diminuição da acuidade visual à cegueira.