A lombalgia define-se como a dor numa área posterior do corpo, entre a ultima costela e a região glútea, com ou sem irradiação pelo membro inferior (ciática), sendo aguda se a duração for de um dia até seis semanas, subaguda até as doze semanas e após esta consideramos estar perante uma lombalgia crónica.

"Em relação ao curso habitual da doença, 50 a 60% recuperam numa semana, 95% em 3 meses e apenas 5 a 10% dos casos desenvolvem lombalgia crónica, sendo que esta afeta três a quatro vezes mais a população entre os 50 e os 60 anos de idade com uma prevalência cerca de 50% mais alta na mulher", explica o ortopedista Manuel Tavares de Matos.

"Quanto às causas, temos de estar alerta para casos de infeção, de patologia tumoral ou alterações estruturais como escolioses que se possam manifestar deste modo, sendo que o mais habitual é serem consequência de alterações degenerativas dos discos intervertebrais", sugere.

O médico avisa que outros fatores podem também contribuir para as lombalgias, como o estado psicológico, ansiedade, depressão, stress, fatores psicossociais, intensidade da atividade física no trabalho, movimentos repetidos de rotação, exposição a vibração, tabaco e obesidade, entre outros.

Para prevenir as lombalgias, este médico recomenda:

  1. Fortificar a musculatura paravertebral, abdominal e glútea, exercícios de alongamento e estiramento
  2. Evitar uma vida sedentária - Exercícios cardiovasculares – andar, correr, bicicleta, natação
  3. Evitar a posição sentada, esforços em anteflexão do tronco e rotação
  4. Tratar a Obesidade – parece facilitar progressão para cronicidade
  5. Tratar a osteoporose reforçando a estrutura óssea
  6. Tratar os fatores psicosociais como estados depressivos ansiosos e de insatisfação no trabalho
  7. Diminuir a exposição a vibrações
  8. Efetuar o despite da Escoliose
  9. Tratar as doenças primárias e desse modo evitar a manifestação secundária ou sua extensão à coluna (doenças reumáticas, tumores, infeções...)

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