"Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação para o braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos", explica João Brum Silveira, médico e presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular.

E acrescenta: "Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios".

Veja ainda20 mitos sobre o coração esclarecidos por uma médica

Saiba mais8 coisas que não sabia sobre a gordura abdominal

Cerca de 50% dos doentes recorrem a um centro sem capacidade para realizar o tratamento, "o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica mais adequada. Esta situação não acontece quando se liga para o 112", alerta o cardiologista.

Ligue para o 112, não procure um hospital

De acordo com a campanha "Stent Save a Life - Não perca tempo. Salve uma Vida", promovida, em Portugal, pela APIC, mais de dois terços da população portuguesa não conhece quais são os sintomas de enfarte do miocárdio. E somente um terço dos doentes utiliza o 112, para ser encaminhado para um hospital e ter a assistência médica mais adequada.

O enfarte agudo do miocárdio ou ataque cardíaco ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.