O Zebinix (acetato de eslicarbazepina) está agora indicado em todos os países da União Europeia (UE) como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.

Esta aprovação tem como base vários estudos que demonstram a eficácia e segurança deste fármaco, nomeadamente ao nível neurocognitivo (capacidade de concentração, processamento de informação e memória).

A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns em todo o mundo, atinge 50 milhões de pessoas, sendo que só na Europa, onde há 6 milhões de portadores, são detetados todos os anos 100 mil novos casos em crianças e adolescentes.

"É uma grande satisfação receber esta segunda aprovação da Comissão Europeia relativa ao Zebinix, que representa um novo reforço na qualidade e segurança, quer do nosso medicamento, que pode agora ser disponibilizado a crianças e adolescentes, faixas etárias onde novos tratamentos são uma necessidade premente, quer no projeto de investigação e desenvolvimento. É sempre um enorme incentivo perceber que o resultado da nossa aposta, do nosso empenho e do trabalho de toda a nossa equipa possibilita que mais pessoas, neste caso crianças e adolescentes, podem beneficiar da nossa inovação", revela António Portela, CEO da BIAL.

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O acetato de eslicarbazepina representa o primeiro fármaco de patente nacional. Este medicamento para a epilepsia representou um marco histórico para a indústria farmacêutica portuguesa quando, em 2009, foi aprovado pela Comissão Europeia. Em 2013, este medicamento foi também aprovado pelo regulador norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA). Atualmente, o acetato de eslicarbazepina é comercializado em vários países europeus (entre os quais o Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e França) e nos EUA e Canadá.

Nos últimos anos, em média, BIAL tem canalizado mais de 20% da sua faturação anual (mais de 40 milhões de euros) para investigação em neurociências, no sistema cardiovascular e imunoterapia alérgica.

A investigação de novas soluções terapêuticas continuará a ser um dos alicerces da expansão internacional do grupo BIAL, atualmente com produtos disponíveis em mais de 55 países.

Em 2015, a BIAL abriu filiais em Frankfurt e Londres para reforçar a sua estratégia de internacionalização e a comercialização dos seus produtos de investigação própria na área das neurociências, um medicamento para a epilepsia e um do novo tratamento para a doença de Parkinson.