Apesar de o vírus ter atingido os países vizinhos, a infeção não chegou à Guiné-Bissau.

Os dois casos registados na prefeitura fronteiriça de Boké na última semana (entre 08 e 14 de junho) surgiram de fontes de infeção desconhecidas, refere-se no relatório semanal sobre a epidemia de Ébola, hoje divulgado.

Um caso foi confirmado após a morte do portador do vírus, junto da localidade costeira de Kamsar.

O outro caso foi relatado no centro de Boke e foi "a primeira vez que um caso foi detetado fora de Kamsar, desde que o atual grupo de infeções [no noroeste da Guiné-Conacri] foi relatado" na semana de 11 a 17 de maio.

De acordo com a OMS, este grupo terá tido origem numa cadeia de transmissão que partiu da capital do país, Conacri.

É a quinta semana consecutiva em que há novos casos detetados na prefeitura de Boke.

"A colaboração da população continua a ser um desafio nas prefeituras mais afetadas da Guiné, mas melhorou com a integração de antropólogos nas equipas de investigação dos casos", relata a organização.

Segundo o relatório de hoje, há 251 pessoas a serem vigiadas na prefeitura de Boke, onde foram criados novos postos de vigilância sanitária e onde está em construção um centro de tratamento de Ébola.

A OMS, Médicos Sem Fronteiras e as autoridades da Guiné-Bissau reforçaram na última semana as ações públicas de sensibilização e a vigilância sanitária nas regiões do sul do país.