As doenças cardiovasculares continuam a ocupar o primeiro lugar no ranking das principais causas de morte, em Portugal e no mundo.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, metade da população portuguesa adulta tem excesso de peso ou obesidade, 40% tem hipertensão arterial, 30% tem colesterol muito elevado, 25% são fumadores e 13% tem diabetes.

Manuel Carrageta, médico, professor universitário e presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, salienta que "o estilo de vida é fundamental para a prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares".

A obesidade e o sedentarismo são dois dos principais fatores de risco responsáveis pelo desenvolvimento das doenças cardiovasculares, e o tabagismo, por sua vez, diminui em 10 anos a esperança média de vida e é responsável por 30% da mortalidade por doenças cardiovasculares em Portugal.

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O médico apela a todos os portugueses para que adotem hábitos saudáveis, "pois mesmo pequenas mudanças, no estilo de vida, asseguram uma vida mais saudável, feliz e mais longa". "A maioria das doenças do coração pode ser evitada se os fatores de risco forem evitados e controlados", referem, por outro lado, João Morais, cardiologista e presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC).

A acumulação de gorduras em excesso é responsável pelo aparecimento precoce de doenças cardiovasculares, tais como doença coronária e doenças do ritmo cardíaco.

Por outro lado, quando há excesso de colesterol (LDL), este começa a depositar-se na parede das artérias, criando placas que podem bloquear o fluxo de sangue. "Idealmente o colesterol LDL deve ser o mais reduzido possível e o colesterol HDL o mais elevado possível", recomendam os cardiologistas da SPC em comunicado.

Fumar lesa o revestimento interno das artérias, facilitando a formação de placas de aterosclerose e a ocorrência de espasmos nas artérias.

Um excesso de glicose no sangue conduz a um envelhecimento prematuro e endurecimento das paredes das artérias, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose. Consequentemente, nos doentes diabéticos existe um risco aumentado de aparecimento de doenças cardiovasculares.