17 de junho de 2013 - 17h44
A Comissão de Utentes da Saúde de Rio Maior reclama, num abaixo-assinado, mais profissionais para o centro de saúde e extensões das freguesias de Rio Maior onde estimam haver oito mil pessoas sem médico de família.
“O concelho tem quase 13 mil utentes e apenas três médicos, são números alarmantes porque deixam sem médico de família oito mil pessoas” disse à agência Lusa Augusto Figueiredo, da Comissão de Utentes de Saúde de Rio Maior, promotora de um abaixo-assinado reclamando mais profissionais de saúde.
De acordo com o mesmo responsável, na cidade, “apenas uma das duas unidades de Saúde familiares (USF) previstas, a das Salinas, está a funcionar” já que “a outra, a dos Moinhos, está prevista há cinco anos mas nunca foi concretizada”.
A falta da USF e “pelo menos mais cinco médicos, dois enfermeiros e no mínimo dois administrativos” está, segundo a comissão “a levar a que mesmo com o esforço dos médicos, enfermeiros e administrativos existentes, não consigam dar resposta a todas as necessidades”.
Na saúde infantil “há uma lista de espera de mais de 100 crianças no planeamento familiar já não há capacidade de resposta e, pior, também não se consegue dar resposta a casos mais complicados como os dos diabéticos ou hipertensos daquela unidade”, concretizou Augusto Figueiredo.
Para a comissão, a situação “é ainda mais grave nas freguesias rurais” já que das 13 “apenas S. João da Ribeira tem a extensão de saúde a funcionar”, enquanto nas restantes “os médicos vão quando podem e como raramente podem, raramente há médico”, acrescentou Augusto Figueiredo.
Mais de duas mil pessoas subscreveram já o abaixo-assinado promovido pela comissão e que expressa, por um lado a “oposição ao encerramento de extensões de saúde nas zonas rurais” e, por outro, reclama “mais médicos e outros profissionais para o Centro de Saúde e as extensões “.
O documento vai ser enviado ao Presidente da República, Cavaco Silva, e à Assembleia da República onde a questão foi já levantada pelo grupo parlamentar da CDU.
A Lusa contactou hoje a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, mas não foi possível obter esclarecimentos.
Lusa