"Não estamos de costas voltadas para aqueles que sofrem e que estão em isolamento", afirmou Rubina Leal, durante a assinatura de um protocolo com o Serviço Regional de Proteção Civil, a Polícia de Segurança Pública e a Associação de Desenvolvimento da Costa Norte da Madeira (ADENORMA), responsável pelo projeto de teleassistência no arquipélago.

A governante explicou que foi feito um levantamento dos residentes com mais de 65 anos que vivem sozinhos nos 64 complexos habitacionais tutelados pela Secretaria Regional da Inclusão, tendo sido identificados 253 em toda a região, dos quais 181 no concelho do Funchal.

"Estamos a agir por antecipação junto destas pessoas, para prevenir algumas situações", disse Rubina Leal, realçando que o acesso ao equipamento de teleassistência é gratuito.

O sistema baseia-se numa ligação telefónica direta ao Serviço Regional de Proteção Civil, que depois reencaminha a chamada para as corporações de bombeiros ou para a PSP, consoante a necessidade do utente.

Rubina Leal reconhece que o isolamento num bairro social não é igual ao isolamento numa zona rural, mas sublinhou que a sensação de solidão, fragilidade e insegurança é semelhante, sobretudo atendendo ao atual contexto de crise.

A Associação de Desenvolvimento da Costa Norte da Madeira já instalou equipamentos de teleassistência em 597 habitações da região autónoma, com base numa parceira com a Portugal Telecom.