Trata-se da segunda fase da campanha de vacinação de 2015, que envolve também a administração de vitamina A a menores de seis meses, numa altura em que Angola está há quatro anos sem registar qualquer caso de poliomielite.

Esta campanha prevê a vacinação de 1.345.229 crianças até cinco anos de idade, sendo justificada pelas autoridades de saúde com o facto de o país "atrair emigrantes que proveem de países onde a situação epidemiológica da pólio não está totalmente controlada".

Luanda, com cerca de 6,5 milhões de habitantes, não regista qualquer caso de poliomielite há cinco anos, mas o governo provincial sublinha a necessidade destas campanhas "para que se possa alcançar a certificação de eliminação da doença no país".

Esta campanha, com vacinação suplementar das crianças, arranca no Rangel, prolongando-se até domingo e abrangendo todos os municípios da capital, recorrendo aos técnicos de saúde do governo provincial.

Angola pretende avançar em novembro com o processo de certificação da erradicação da poliomielite do país.

Angola lançou o Programa de Erradicação da Pólio em 1997, mas dois anos mais tarde registou a maior epidemia da doença, com 1.119 casos.

Em 2011 iniciou-se um plano de emergência para interromper a transmissão da poliomielite, tendo os últimos cinco casos da doença sido registados nesse ano, nas províncias do Uíge e do Cuando Cubango.

Angola vai submeter à Comissão Regional Africana de Certificação, em novembro, documentação para permitir receber o certificado de erradicação da poliomielite.

Caso Angola receba a certificação, o país tem ainda como estratégias garantir a sustentabilidade do processo de vigilância e imunização, bem como dos meios apropriados para combater a entrada de novos casos no país.

Em todo o país, na campanha anterior de vacinação, em agosto, foi administrada uma primeira dose da vacina a cerca de cinco milhões de crianças, num esforço que envolveu mais de 48 mil pessoas, entre vacinadores, mobilizadores, supervisores e coordenadores de áreas.