4 de fevereiro de 2013 - 16h21
As listas de espera para cirurgia diminuíram 35 por cento nos últimos cinco anos, graças ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), que reduziu ainda a média de tempo de espera, segundo um relatório da OCDE.
Intitulado “Políticas sobre os tempos de espera no setor da saúde”, o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dá conta das políticas dos governos da Austrália, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido contra as listas de espera.
Neste documento, é enaltecida a resposta que Portugal deu para diminuir o tempo de espera para os serviços de cuidados de saúde.
No capítulo dedicado a Portugal, são enumerados os vários programas de combate às listas de espera, aplicados desde 1995.
Em relação ao mais recente, o SIGIC, os autores do relatório destacam o facto de este ter reduzido a média de tempo de espera para uma cirurgia em 63 por cento: de oito para três meses.
“A introdução do SIGIG foi associada a um incremento de cerca de 40 por cento da produção cirúrgica nos últimos cinco anos”, lê-se no documento.
Este aumento da produção foi obtido através de três canais: incremento da produção durante o horário regular de trabalho dos profissionais, aumento da capacidade através de uma produção adicional das cirurgias nos hospitais públicos e mediante a contratualização de produção a hospitais privados.
Em 2011, a produção cirúrgica adicional no Serviço Nacional de Saúde (SNS) envolveu uma verba de 11,5 milhões de euros, enquanto 50,1 milhões foram pagos a unidades de saúde privadas e 1.006 milhões de euros para a atividade cirúrgica normal através do SIGIC.
No documento lê-se que o SIGIC providenciou uma solução para o problema do tempo de espera excessivo, numa área em que os outros programas – que apenas implicavam verbas adicionais para uma produção adicional – falharam.
Isto porque o SIGIC transfere os doentes que aguardam por uma cirurgia, há mais de 75 por cento do tempo máximo de espera, para um outro hospital, público ou privado.
Lusa