14 de maio de 2014 - 10h01

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) planeia abrir novas delegações na Guarda e em Leiria para reforçar o apoio psicológico na doença, disse hoje um responsável.
O presidente do Núcleo Regional do Centro da LPCC, Carlos Oliveira, realçou hoje à agência Lusa "a necessidade de apoiar os doentes com cancro e suas famílias”, um trabalho que começou por ser assegurado por voluntários, mas que aos poucos “tornou-se mais profissional”.
O apoio psicológico na doença é o tema de uma conferência internacional a realizar em Coimbra, na sexta-feira e no sábado.
Para prestar este trabalho social de apoio psicológico na região Centro, segundo Carlos Oliveira, professor catedrático aposentado da Faculdade de Medicina de Coimbra, a LPCC criou nos últimos cinco anos unidades de psico-oncologia em Coimbra, Aveiro, Viseu e Castelo Branco.
“Estamos a fazer diligências para instalarmos delegações também em Leiria e Guarda, mas a Liga não tem dinheiro” e tenta, para isso, obter a ajuda de entidades locais, disse.
Na sexta-feira e no sábado, em Coimbra, a Liga Portuguesa Contra o Cancro vai promover a Conferência Internacional de Psico-Oncologia, com a participação de profissionais portugueses de diferentes áreas e alguns convidados de outros países.
Aberto ao público, o encontro, no Hotel Quinta das Lágrimas, tem “particular interesse para profissionais de saúde e estudantes interessados na temática”, refere a organização em comunicado.
“Já estão inscritos mais de 200 participantes de todo o país”, adiantou Carlos Oliveira, antigo presidente nacional da LPCC.
“Desde que avançou com as unidades de psico-oncologia, há quase cinco anos, a Liga (…) encontrou nesta área mais um importante meio de contribuir para o apoio e a humanização da assistência ao doente oncológico, familiares e amigos, em todas as fases da doença”, segundo a mesma nota.
Por entender que “um acompanhamento adequado pode ser um importante aliado terapêutico", a LPCC tem vindo a investir a nível nacional no apoio psicológico, com consultas gratuitas de psico-oncologia, das quais 4.800 efetuadas em 2013.
Nos últimos cinco anos, foram realizadas “mais de 16 mil consultas” e acompanhados “mais de 2.400 doentes” em todo o país.
Na conferência internacional, serão debatidos temas como a comunicação em oncologia, abordagens terapêuticas em psico-oncologia, o incentivo a uma visão multidisciplinar dos sobreviventes de cancro e os desafios da investigação em psico-oncologia em Portugal, entre outros.

Por SAPO Saúde com Lusa