A obra, da responsabilidade da Casa do Povo de Alvalade, começou em 2011 e deveria ter ficado concluída em junho de 2014, mas "as intempéries do inverno passado" e "as burocracias existentes" motivaram o atraso, disse hoje à agência Lusa o presidente da instituição, Luís Martins da Silva.

Apesar de afirmar que o novo equipamento representa a concretização de um "grande sonho" da entidade, o dirigente revelou alguma cautela em relação ao futuro, devido à dívida que foi preciso contrair para executar o projeto.

O lar de idosos foi construído num terreno cedido pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, no litoral alentejano, e está orçado em cerca de 2,1 milhões de euros, com comparticipação em 75% por fundos comunitários.

A Casa do Povo de Alvalade fica com uma dívida a rondar os 800 mil euros, com a qual Luís Martins da Silva está "preocupado", embora acredite que é possível saldá-la no prazo máximo de 15 anos.

"Mas, tem de haver uma grande orientação, uma certa contenção nos gastos", afiançou.

O projeto prevê a criação de 32 postos de trabalho, quando estiver com a lotação esgotada, mas os funcionários vão ser recrutados "consoante as necessidades" da instituição, indicou.

Além da cerimónia de inauguração, na quarta-feira à tarde, está prevista a realização de uma "grande festa popular" junto ao edifício, no sábado, organizada pelo Grupo de Apoio ao Lar de Idosos de Alvalade.

A Casa do Povo de Alvalade conta mais de 70 anos de existência, tendo evoluído do objetivo inicial, de apoiar os trabalhadores agrícolas, para a ação social que desenvolve atualmente.

A instituição gere uma creche e jardim-de-infância com 50 crianças e um centro de dia com 90 utentes.

Através do serviço de apoio ao domicílio presta ainda assistência a 75 idosos, 25 dos quais sete dias por semana.