Segundo o diário espanhol El País, o Parlamento Europeu admite avançar com a proibição da venda de kebabs por considerar que os fosfatos usados na carne representam riscos para a saúde.

O tema esteve em discussão na Comissão de Saúde do Parlamento Europeu, na semana passada, e recebeu 22 votos contra e 32 a favor.

Esta resolução do Parlamento Europeu vai contra a proposta da Comissão Europeia que pretende permitir a utilização de ácido fosfórico, fosfatos e polifosfatos na conservação da carne, adianta o mesmo jornal. A utilização de fosfatos é feita também para manter tenra, preservando o seu sabor característico.

Segundo o "The Guardian", um estudo científico de 2012 aponta para uma possível ligação entre os fosfatos, quando usados como aditivos para a comida, e doenças cardiovasculares.

A relação não está, no entanto, definitivamente provada, embora a União Europeia tenha definido legislação que proíbe o uso de fosfatos na preparação de carne, em que são usados para manter sabor e hidratação.

Popular em toda a Europa

Na Alemanha, Associação de Produtores de Carne de Doner Kebab acusa os autores da proposta de "racismo", por terem posto de parte a proibição de salsichas que contém o mesmo aditivo.

"Se o Parlamento Europeu avançar com esta proposta será um duro golpe no negócio de muitas famílias", explica o organismo.

O kebab é um prato culturalmente originário da Turquia, mas popularizou-se na década de 1970, como comida de rua, em Berlim.

Atualmente, há mais de 200 mil pessoas a trabalhar em restaurantes de kebabs em toda a Europa. Só no Reino Unido são vendidos todos os dias 1,3 milhões de kebabs, segundo dados citados pelo referido jornal britânico.

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