18 de junho de 2014 - 09h11
Quase 30 milhões de europeus experimentaram cigarros eletrónicos em 2012, sendo que a maioria tinha entre 15 e 24 anos, fumava tabaco tradicional regularmente e já tinha tentado deixar o vício, refere um estudo divulgado na terça-feira.
Uma equipa de investigadores do Imperial College de Londres, da Universidade de Creta e da Universidade de Harvard elaborou um perfil dos fumadores de cigarros eletrónicos, tendo por base dados do Eurobarómetro de 2012, referentes a 27 dos 28 estados membros.
O estudo, divulgado pela publicação Tobacco Control, pretende determinar a prevalência de fumadores de cigarros eletrónicos entre maiores de 15 anos.
Segundo os resultados, 29,3 milhões de europeus experimentaram esta nova forma de fumar em 2012, “um número substancial” que vem reforçar a necessidade de avaliar o impacto dos cigarros eletrónicos na saúde, de acordo com os autores.
Contudo, a investigação não conseguiu determinar com que frequência se fuma os cigarros eletrónicos nem durante quanto tempo o fez quem os experimentou nos 12 meses que foram analisados.
20% dos fumadores europeus
Já recorreram aos cigarros eletrónicos mais de 20% dos atuais fumadores europeus, 4,7% dos ex-fumadores e 1,2% dos que nunca fumaram tabaco.
Entre os fumadores, o cigarro eletrónico é mais utilizado por jovens entre os 15 e os 24 anos e entre os que têm hábitos tabágicos mais frequentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem desaconselhado “vivamente” a utilização dos cigarros eletrónicos e, em Portugal, também a Sociedade de Pneumologia (SPP) tem alertado que não se conhecem os efeitos destes produtos na saúde.
A publicação Tobacco Control divulgou ainda outro estudo em que revela que o mercado dos cigarros eletrónicos tem cerca de 500 marcas e está a crescer a um ritmo de 10 marcas por mês.
Das 466 marcas encontradas no mercado por investigadores norte-americanos é oferecida a possibilidade de experimentar 7.764 sabores diferentes nestes produtos.
“O número de marcas de cigarros eletrónicos à venda na Internet é grande e a variedade de sabores é surpreendente”, referem os investigadores da Universidade de Medicina da Califórnia.
Por SAPO Saúde com agências