Aos 26 anos, Yamini Karanam, estudante de informática na Universidade do Indiana, começou a sentir dores de cabeça súbitas, a esquecer-se das coisas e até a perder o equilíbrio.

Durante meses, relata o Washington Post, foi observada por diferentes médicos e sujeita a exames complementares, até que foi feito um diagnóstico: um tumor cerebral de difícil acesso.

O tumor, a alastrar-se, ia acabar por deteriorar as funções cerebrais de Yamini Karanam, mas retirá-lo também poderia provocar efeitos secundários irreversíveis.

Fundo para salvar Yamini 

Os amigos da jovem criaram um fundo e conseguiram arrecadar cerca de 30 mil euros para procurar práticas médicas alternativas. Yamini encontrou um médico, Hrayr Shahinian, em Los Angeles, conhecido por realizar intervenções cirúrgicas arrojadas. O dinheiro do fundo serviu para pagar a viagem e os custos da cirurgia.

Quando o médico acedeu ao crânio de Yamini, através de uma laparoscopia, descobriu que não se tratava de um tumor maligno, mas sim de um minúsculo feto com cabelo, dentes e ossos – um teratoma, como é designado na comunidade médica.

Tratava-se da irmã gémea da jovem que não chegou a desenvolver-se durante a gestação, mas que foi absorvida quando ainda era um embrião pelo organismo de Yamini.

A jovem está bem, não corre risco de vida e dentro de semanas terá alta. "Era a minha gémea má que me andava a torturar", comentou, entretanto, a jovem, segundo a imprensa americana.