As declarações do autarca à Lusa surgem no contexto da falta de camas para internamento no Hospital da Feira, o sucessivo adiamento de cirurgias nessa unidade e o anúncio na quarta-feira da cessação de funções dos atuais administradores do CHEDV - que tutela tanto o Hospital S. Sebastião, na Feira, como os de Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira.

"A saída da administração tratar-se-á de um processo normal de cessação de funções", admite Emídio Sousa. "No entanto, seja qual for a próxima administração, o importante é que sejam recrutados os profissionais de saúde de que os serviços do hospital precisam para um funcionamento adequado", realça o autarca.

O presidente da Câmara recorda, aliás, que já em maio de 2014 alertara o secretário de Estado da Saúde para "o grande problema do CHEDV": a sua falta de profissionais clínicos, "já na altura devidamente quantificados".

Os problemas verificados na unidade da Feira ao longo das últimas semanas resultarão assim "dessa escassez de recursos humanos e também de um anormal surto de gripe que está a congestionar os serviços do hospital".

Para Emídio Sousa, que essa situação deixa demonstrado "que se deve acelerar o processo de admissão de profissionais de saúde, tal como prometido pelo secretário de Estado, e atender aos casos mais urgentes e prioritários, para que ninguém fique sem a necessária assistência médica".