O primeiro tratamento contra a asma grave foi descoberto, após 15 anos de estudos, por investigadores da University of Leicester, no Reino Unido, avança o portal Isaúde.

O fármaco Mepolizumab reduz para metade o número de ataques graves de asma e pode melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de asma eosinofílica – um tipo de asma caracterizada pelo excesso de glóbulos brancos, de seu nome Eosinófilos. Os doentes de asma eosinofílica sofrem ataques frequentes de falta de ar.

O investigador Ian Pavord e a sua equipa descobriram que o medicamento Mepolizumab pode reduzir estes ataques atacando a interleucina-5, um anticorpo monoclonal, que é parte de uma via de sinalização de células no sistema imunitário.

O estudo englobou 621 doentes, com idades entre 12 e 74 anos, divididos em grupos. A equipa avaliou a eficácia do medicamento nos participantes asmáticos, administrando-lhes doses de 75 mg, 250 mg ou 750 mg de Mepolizumab.

Segundo os investigadores, todos os participantes mostraram uma redução significativa nos ataques de asma em comparação com o grupo de controlo que recebeu placebo.

Os resultados mostraram que os pacientes não mostraram melhorias consistentes no seu estado geral, no entanto, reduziram para metade o número de ataques graves.

A pesquisa é um grande passo para melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com asma eosinofílica.

De acordo com a equipa, o fármaco não deve levar muito tempo para ser aprovada, especialmente porque não há efeitos secundários relatados.

29 de agosto de 2012

@SAPO