18 de setembro de 2013 - 12h56
Uma investigação do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) espanhol descobriu o papel de um dos genes envolvidos na esquizofrenia, uma desordem neurológica caracterizada por distúrbios na perceção da realidade e uma profunda deterioração cognitiva.
Trata-se do gene Erbb4, cuja missão no cérebro é descrita num artigo publicado hoje na revista Neuron, informou o CSIC.
O Erbb4 codifica um recetor da família das proteínas de tirosina quinase e expressa-se de modo muito específico numa população concreta de neurónios inibitórios.
Os investigadores “silenciaram” o gene Erbb4 em ratos de laboratório, tendo os resultados da investigação indicado que a ausência daquele gene provoca um aumento desproporcionado da atividade e sincronização dos neurónios excitatórios.
“A alteração referida reproduz com muita precisão algumas das mudanças na atividade cerebral que ocorrem em pacientes com esquizofrenia”, explicou Óscar Marín, investigador do CSIC no Instituto de Neurociências e coautor do estudo, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
A modificação também foi relacionada com a deterioração cognitiva que caracteriza a doença.

SAPO Saúde com agências