O responsável falava a propósito de um despacho hoje publicado em Diário da República que autoriza o Centro Hospitalar de São João a realizar o investimento de 6,5 milhões de euros na ampliação e remodelação da Ala Sul Central (pisos 7 e 8) do edifício.

Esta autorização vai permitir que, no piso 7, a Neurologia fique remodelada, com 15 camas, enquanto, no piso 8, ficarão os serviços de Hematologia, com 23 camas, e a Neurocirurgia, com 31 camas.

Segundo o administrador executivo, o concurso público “não devera ser concluído num prazo inferior a seis meses, o que significa que a obra irá começar durante o quarto trimestre de 2015”.

Este investimento estava previsto no plano estratégico 2013/2015 e era considerada o “mais premente” e, portanto, com “maior prioridade”. Enquadra-se na perspetiva da remodelação de todo o internamento do hospital.

No despacho hoje publicado em Diário da República, assinado pelos secretários de Estado Adjunto e do Orçamento, Hélder Reis, do Tesouro, Isabel Castelo Branco, e da Saúde, Manuel Teixeira, lê-se que se trata de um investimento a realizar em 2015 e 2016, com recurso a receitas próprias da unidade hospitalar.

O administrador João Oliveira explicou que estas receitas são o resultado das contas equilibradas que o hospital tem obtido ao longo dos anos, o que lhe permite dispor ainda 55 milhões de euros de capital social.

“O Hospital de São João foi criado como Entidade Pública Empresarial (EPE) em 2006, com o capital social de 112 milhões de euros. A grande insistência na obtenção de contas equilibradas significa que o hospital ainda tem cerca de 55 ME de capital social que ainda não gastou, ao contrário dos outros que já tiveram necessidade de fazer aumentos de capital social”, referiu.

No despacho é autorizada a assunção de encargos plurianuais nos anos de 2015 e 2016, de acordo com o seguinte escalonamento: ano de 2015 — 5.264.305 euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor; ano de 2016 — 1.316.076 euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor.

O administrador executivo explicou à Lusa que “esta divisão de despesa foi prevista para uma autorização solicitada em 2014, portanto o ano 2015 seria um ano completo de obra. Não poderá concretizar-se exatamente da maneira prevista porque haverá certamente uma passagem de despesa maior para o ano 2016. Não deverá ser possível executar 5 milhões 264 mil euros em 2015, uma vez que a obra só deverá iniciar-se no último trimestre”.

João Oliveira manifestou ainda a ”satisfação” do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João por poder retomar “um projeto que já vem desde 2006, mas que teve um interregno de três anos, sem investimento, e, portanto, muito doloroso, essencialmente para os serviços como a Neurocirurgia que estão deslocados”.

A obra garante “a construção das escadas de emergência, que no projeto original não existiam, e que passarão a ficar disponíveis para todos os pisos do hospital, garantindo maior segurança ao edifício”, acrescentou.