A garantia, em comunicado, surgiu depois de a Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED) ter afirmado que o funcionamento dos hospitais estava em risco já que as empresas ameaçavam cortar o fornecimento de soro.

No seguimento da denúncia o Infarmed afirma que, contactados os principais fornecedores de soro em atividade em Portugal, “está em condições de garantir que o fornecimento de soro não está em risco nos hospitais” do SNS.

João Gonçalves, secretário-geral da APORMED, tinha dito à Lusa que a taxa de 14,3 por cento, imposta às empresas de venda de dispositivos médicos na área das soluções medicamentosas (soros), era uma taxa “incomportável” para um produto que já tem custos de fabrico elevados mas um preço de venda baixo (um litro custa entre 80 e 90 cêntimos).

Segundo João Gonçalves, apesar do alerta para a situação ainda não foi possível assinar um protocolo ou um acordo que permita que estes produtos sejam sujeitos à taxa mínima.

O que acontece é que as empresas estão com dificuldade em suportar esta taxa, e o regular fornecimento do soro está em risco de ser afetado, disse o responsável.

Os soros são medicamentos para suporte vital e terapias cíticas, só usados em meio hospitalar: servem para manter o doente hidratado, para que o sistema cardio-circulatório funcione e para alimentar os doentes que chegam ao hospital sem a devida nutrição.