Numa nota enviada à comunicação social, a autarquia salienta que “pese embora os dados recolhidos e o seu tratamento não serem da sua responsabilidade”, existe no município “um Posto de Monitorização da Qualidade do Ar inserido na rede Nacional, implantado, definido e apoiado pela Câmara Municipal”.

Um relatório da OMS divulgado a 12 de abril refere que “em Portugal, Ílhavo (com 15 microgramas por metro cúbico), (Albufeira (com 14), Coimbra (12), Faro, Lisboa e Vila do Conde (as três com 11), foram as cidades que ultrapassaram o limite de 10 microgramas por metro cúbico estipulado pela OMS para as partículas finas PM 2.5”, apresentando a cidade de Ílhavo como sendo aquela que tem pior qualidade do ar.

Na posição já transmitida à Agência Portuguesa de Ambiente e hoje tornada pública, os autarcas de Ílhavo lamentam que, sendo de 2014 os dados que serviram de base ao relatório, “nada ter sido mencionado, explicado e referenciado, que justificasse a situação descrita no citado relatório” e manifestam “preocupação e apreensão face à influência que os dados publicados poderão ter na saúde e no bem-estar da população”.

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A Câmara de Ílhavo lembra que o posto de monitorização “está situado em zona não urbana junto a uma EB 2,3, é gerido pelo Ministério do Ambiente, através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, o que a maioria dos municípios ou cidades não dispõem”.

Nessa perspetiva a Câmara solicitou à Agência Portuguesa do Ambiente “um conjunto de esclarecimentos necessários a um melhor entendimento do referido em tal Relatório”, nomeadamente sobre “as razões porque só agora tais elementos são do conhecimento público e em especial da Câmara” e se tais partículas resultam da emissão direta e se é possível determinar a origem.

A autarquia questiona ainda a Agência Portuguesa do Ambiente sobre que ações preventivas tenciona efetuar, para que os valores apontados não mais se verifiquem”.