25 de fevereiro de 2014 - 16h51
O hospital privado St. Louis, em Lisboa, confirmou hoje que foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária Militar, adiantando estar a colaborar com as autoridades e afirmando ser alheio a “qualquer eventual irregularidade de terceiros”.
“Face a notícias hoje divulgadas, o Hospital St. Louis informa que está a colaborar com as autoridades de investigação em processo respeitante a atos cirúrgicos referentes a doentes abrangidos pela ADME [subsistema de saúde dos militares] e encaminhados por profissionais do Hospital Militar”, refere um comunicado enviado por uma sociedade de advogados mandatada pela unidade hospitalar.
O hospital acrescenta que “cumpre escrupulosamente os normativos legais e dará todas as informações pertinentes às autoridades”, afirmando-se “alheio a qualquer eventual irregularidade de terceiros.
Fonte da sociedade de advogados mandatária do hospital disse à agência Lusa que a unidade foi alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Segundo uma nota da PJM, esta polícia realizou hoje buscas e apreensões de documentos em instalações hospitalares, residências de médicos e empresas por suspeitas de crimes contra o Estado, corrupção passiva e ativa.
Os suspeitos destas “condutas ilícitas criminais” terão desenvolvido “um esquema, do qual lograram conseguir vantagens patrimoniais, causando avultados prejuízos aos subsistemas de assistência na doença” aos militares e aos funcionários públicos.
Nestas diligências, que envolvem “buscas e apreensões de documentos em instalações hospitalares, em residências de médicos, em escritórios de empresas e gabinetes de contabilidade”, está envolvida “parte substancial” dos investigadores da PJM.
Estão igualmente envolvidos nas diligências peritas forenses, adianta o comunicado.
Segundo fonte ligada ao processo, a cobrança ilegal de cirurgias por empresas de dispositivos médicos é uma das alegadas fraudes investigadas pela PJM.

Lusa