Em resposta à agência Lusa, a propósito da deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que detetou falhas no atendimento de um jovem que morreu sem a necessária cirurgia a um aneurisma roto, por inexistência de equipas ao fim de semana, o CHLC recordou que desde final de dezembro de 2015 assegura “o tratamento destas situações de forma ininterrupta”.

Esta unidade de saúde integra, desde 01 de fevereiro deste ano, “a Urgência Metropolitana de Lisboa – Modelo para o Doente Neurovascular - que determinou a reorganização da oferta de cuidados de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito da Via Verde do AVC e na resposta a situações de urgência de patologias do Sistema Nervoso Central de etiologia vascular que ocorrem em toda a zona sul do País, através do estabelecimento de uma rede/parceria de quatro Unidades Hospitalares desta região”.

“Estas unidades possuem os recursos humanos e materiais necessários para, de forma articulada, assegurarem a disponibilidade permanente – 24 horas por dia, 365 dias por ano - dos recursos exigíveis face à natureza não programável, imprevisível e flutuante da incidência destas patologias”, prossegue a resposta do CHLC.

No seguimento da deliberação da ERS, este regulador instruiu o CHLC no sentido de este “implementar, atualizar ou introduzir as alterações tidas por adequadas nos procedimentos atinentes ao serviço de urgência” para “garantir, a todo o momento, que aqueles são aptos a assegurar de forma permanente e efetiva o acesso aos cuidados de saúde” e “em tempo útil”.

Isto “independentemente de se tratar de prestação de cuidados de saúde no decorrer do normal funcionamento do serviço, como, em especial, no decurso de fins de semana e feriados”, lê-se na instrução.

A cirurgia de que David Duarte necessitava não foi realizada por não existirem equipas organizadas para atendimento ao fim de semana, tendo sido adiada para segunda-feira, não tendo chegado a realizar-se, por morte do utente.