“As dificuldades futuras são muitas, temos muito que trabalhar e estamos, neste momento, a fazer um ponto de situação em várias áreas”, disse o governante, à margem da sessão de abertura da Semana de Emergência, que decorre naquele hospital até 18 de setembro.

Faria Nunes referiu que “os problemas são vários”, pelo que “a presidente do conselho de administração está a fazer o levantamento do que deve ser alterado até à construção de um novo hospital”.

Por seu turno, a responsável adiantou que foi pedido ao núcleo de Instalações e Equipamento “para fazer um levantamento pormenorizado do estado dos equipamentos, que é a grande preocupação”.

Lígia Correia mencionou que “tem sido noticiado várias vezes que o Serviço Regional de Saúde [Sesaram] tem alguns equipamentos com falta de manutenção preventiva, o que traz consequências graves ao nível da prestação de serviços”.

Assegurando que o utente é “sempre a preocupação” do Sesaram, a responsável adiantou que esse trabalho de levantamento foi desencadeado há cerca de dois meses.

“Daqui a um mês saberemos como agir ao nível da manutenção dos equipamentos”, afirmou Lígia Correia, acrescentando que depois será avaliado se a intervenção deve ser feita com recurso a entidades externas ou de forma interna.

“Vamos ter de fazer análises de custos e, em função dessas análises, com um plano devidamente integrado, ver o que fazer, de forma que ajuste à nossa realidade, tendo em conta os constrangimentos financeiros, mas nunca esquecendo que o utente está no centro” das preocupações, concluiu.

A construção de um novo hospital no Funchal é um dos compromissos assumidos pelo atual Governo Regional da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

Também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando esteve na Madeira, participando na festa anual do PSD regional na herdade do Chão da Lagoa, no último domingo de julho, assumiu publicamente o apoio a este projeto.

Na sequência do relacionamento institucional com a República, este compromisso foi mesmo incluído no programa eleitoral apresentado pela coligação nacional PSD/CDS-PP, em que se refere “a construção ou ampliação de hospitais, nomeadamente os do Funchal”.

Para o efeito, foi criado um grupo técnico que a 30 de julho deste ano grupo entregou ao chefe do executivo um relatório apontando que a construção de um novo hospital era a “melhor solução”, em vez de apostar na reformulação da atual unidade. O documento foi colocado em discussão pública.