A Medicina Translacional tem como objetivo promover a transição dos resultados da investigação para a prática clínica.

Contactada pela Lusa, fonte do Hospital de São João disse que o projeto custará cerca de “20 milhões de euros”, não sendo ainda conhecido o prazo para o arranque e a entrada em funcionamento do novo centro.

De acordo com a mesma fonte, este centro, que será único na Europa, unirá tecnologias de ponta na análise de grandes volumes de dados, com equipamentos inovadores de diagnóstico e análise do corpo humano e uma equipa multidisciplinar de clínicos, cientistas, professores universitários e empresas de excelência que irão desenvolver soluções e metodologias inovadoras para apoiar a prática de uma ‘Medicina de Precisão’”.

O objetivo é “dotar os clínicos dos instrumentos mais inovadores para lhes permitir tratar os seus pacientes de uma forma muito mais precisa e eficaz, com menos efeitos adversos, mais segura e custo-efetiva”, referiu a fonte.

Resultados promissores

“Este novo paradigma da medicina já se encontra bastante avançado nos Estados Unidos e tem apresentado resultados promissores”, sublinhou.

Segundo a mesma fonte, o “São João” já deu “alguns passos” para concretização do projeto, nomeadamente através da criação da plataforma Vital que foi desenvolvida com a ajuda de enfermeiros, médicos, especialistas em tecnologia de Business Intelligence, investigadores da Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, e ainda o contributo da empresa portuguesa DevScope.

Além de monitorizar os doentes, a Vital permite correlacionar grande volume de dados de um paciente que, geralmente, estão dispersos por vários repositórios de dados de um centro hospitalar como o do São João, no Porto. O sistema está preparado para identificar, categorizar e enviar alertas relativos a doentes em risco para equipas clínicas.