18 de julho de 2014 - 13h15
O Centro Hospitalar do Algarve informou hoje que abriu um processo interno sobre a alegada recusa de um médico do Hospital de Portimão em socorrer uma doente em paragem cardiorrespiratória e que veio a morrer.
O caso, ocorrido a 14 de julho, mereceu reação dos deputados Cecília Honório e João Semedo do Bloco de Esquerda, que pedem esclarecimentos sobre o caso ao Ministério da Saúde.
Em comunicado, os deputados referem que a polícia foi chamada a intervir naquele serviço de saúde por causa de desentendimentos entre dois enfermeiros e um médico.
“Na génese desta situação esteve o facto de o médico em causa ter alegadamente recusado colaborar nas manobras de suporte avançado de vida que estes enfermeiros encetaram para fazer face a uma paragem cardiorrespiratória de uma pessoa de cerca de 80 anos”, lê-se no documento enviado ao Ministério da Saúde.
Perante a situação, terá sido convocado outro médico para socorrer a doente, que acabaria por falecer, acrescentam os deputados.
Os deputados querem ainda saber se a situação vai ser averiguada pelo Hospital de Portimão e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.
À Lusa, o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar do Algarve, entidade que gere os Hospitais de Portimão e Faro, disse que já está em curso um processo interno de averiguações sobre o caso.
Até à conclusão das averiguações, o médico em causa foi afastado do Serviço de Urgências, acrescentou a mesma fonte.
Por Lusa