O descontentamento e as queixas dos trabalhadores do Hospital Beatriz Ângelo foram manifestados hoje de manhã durante uma ação de protesto realizada em frente às instalações do equipamento de saúde, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA)

Em declarações à agência Lusa, Ana Amaral, do STFPSSRA, disse que a ação pretendeu “denunciar uma série ilegalidades” e “comportamentos pouco democráticos” em relação aos trabalhadores do Hospital Beatriz Ângelo.

Segundo referiu a sindicalista, o “não cumprimento da lei da parentalidade” é uma das preocupações dos trabalhadores, que se queixam de não conseguir “dar a assistência necessária aos filhos”.

“A lei é clara e determina que os trabalhadores com filhos menores de 12 anos tenham um horário flexível que lhes permita acompanhá-los. O que está a acontecer no Beatriz Ângelo é exatamente o contrário. Mães que estão a ser impedidas de dar assistência aos filhos”, disse.

A sindicalista sublinhou que “a administração do hospital já foi várias vezes alertada para a necessidade de cumprir com esta lei”.

Ana Amaral acusou ainda a administração de “perseguir” a delegada sindical e de tentar “condicionar a sua atividade sindical.

Confrontada pela Lusa com as acusações, fonte do hospital negou qualquer tentativa de condicionar a atividade do sindicato, ressalvando que existe “boa vontade em procurar responder as necessidades dos trabalhadores”.

“A única coisa que pedimos à delegada sindical foi que avisasse os serviços do hospital com mais antecedência quando tivesse alguma atividade do sindicato. A antecedência é necessária para poder reajustar as escalas de serviço”, explicou a fonte.

Relativamente ao não cumprimento da lei da parentalidade, a mesma fonte referiu que a administração não tem conhecimento de qualquer queixa, mas que haverá oportunidade de discutir essas questões numa reunião que se irá realizar brevemente com o sindicato.

O Hospital Beatriz Ângelo, localizado no concelho de Loures, abriu em janeiro de 2012 para servir 272 mil habitantes dos concelhos de Loures, Odivelas, Mafra e Sobral de Monte Agraço.