“Se quiserem insinuar o que quer que seja, eu diria que a responsabilidade de estarmos aqui é mesmo do PS, não só porque não fez esta obra quando esteve no Governo, mas sobretudo porque propiciou, do ponto de vista da organização dos trabalhos parlamentares, que hoje não estivéssemos em Lisboa na Assembleia da República. Não foi outra coisa senão isso”, disse Luís Montenegro.

No final da visita às obras do Centro Hospitalar, organizada pelo presidente da Câmara de Espinho, o líder da bancada parlamentar social-democrata manifestou o seu apoio ao prosseguimento do projeto de recuperação do hospital, nomeadamente “através da fase 2 que diz respeito, em parte, ao serviço de urgência que é uma necessidade premente e que importa salvaguardar”.

“Assumo aqui o compromisso do Grupo Parlamentar do PSD de sensibilizar de uma forma veemente a tutela para garantir que um hospital que tem tido bons resultados possa ter a sua capacidade de financiamento assegurada para poder cumprir este plano de investimento que é objetivamente um muito bom investimento”, afirmou.

Sobre o início do funcionamento do novo pavilhão de Ambulatório, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Gaia/Espinho, Silvério Cordeiro, disse à Lusa que “substitui o antigo hospital de dia que funciona em contentores” e que “vai permitir melhores condições de trabalho e dar maior garantia de qualidade aos doentes, ao nível de hospital de dia e ao nível de cuidados de ambulatório”.

As novas instalações irão também acolher as consultas externas de imunoalergologia, infecciologia, oncologia e reumatologia e as consultas abertas de medicina interna e insuficiência cardíaca.

Em relação ao financiamento das obras de ampliação do centro hospitalar, Silvério Cordeiro disse que “o financiamento da segunda fase está garantido”, admitindo também que “a curto prazo” ficará poderá também ficar garantido o financiamento da última fase da obra.

Também o presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, se congratulou com o avanço do projeto por considerar que “os cidadãos daquele concelho, que são utentes do centro hospitalar, sairão claramente beneficiados, sem prejuízo da plena manutenção, com toda a sua capacidade, da unidade 3 instalada no concelho”.

O projeto de reabilitação do Centro Hospitalar está dividido em três fases autónomas, sendo a primeira relativa à construção de um novo edifício que ligará os imóveis circundantes, já existentes.

A segunda fase de obras do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho de reformulação das Urgências está orçada em 12 milhões de euros e arrancam a partir de julho.

Já a terceira fase incluirá a instalação do Internamento de Pediatria, Unidade de Cuidados Intensivos Pediátrica, Neonatologia, Unidade de Medicina Reprodutiva, Blocos Operatórios, Internamento de Ginecologia e Obstetrícia, Internamento de Ortopedia e Internamento de Otorrinolaringologia.

O valor global do projeto de reabilitação está orçado em cerca de 37 milhões de euros.