A deputada Rita Rato, numa visita ao CHUC realizada na segunda-feira, afirmou que há assistentes operacionais "a operar em 33 camas", um enfermeiro "encarregue de 25 macas" e trabalhadores "com 18 dias de férias por gozar do ano anterior".

Face a estas declarações, o CHUC, num comunicado enviado hoje à agência Lusa, afirma que no serviço de urgência existe "um máximo de 84 macas e que estão distribuídos 23 enfermeiros de manhã, 23 à tarde e 18 à noite", havendo um rácio máximo de "um enfermeiro para seis macas", sendo este um "indicador de segurança para os cidadãos".

O centro hospitalar refere ainda que "numa enfermaria de 33 camas há, no mínimo, três assistentes operacionais no turno da manhã, no qual a atividade é mais intensa e representa pelo menos 55% da atividade total do dia".

Sobre a situação de trabalhadores com 18 dias de férias por gozar do ano anterior, este caso "só poderá ser devido a atestados médicos ou outros impedimentos relativos ao próprio profissional para o gozo de férias, ou, no limite, ao apelo individual ao direito de transição de férias para o ano seguinte".

Relativamente à questão dos mais de cem assistentes operacionais que cumprem horários de 35 horas a receber abaixo do salário mínimo, informação confirmada pelo diretor enfermeiro do CHUC, António Marques, o centro hospitalar não desmente a denúncia feita pelo PCP, acrescentando apenas que "todos os contratos a 40 horas celebrados" têm, de base, "pelo menos o salário mínimo".

A deputada comunista afirmou na segunda-feira em Coimbra que mais de 100 assistentes operacionais têm um contrato individual de trabalho, continuando a trabalhar 35 horas semanais e estando a receber 487 euros por mês devido à ordem do Governo para "não se pagar o salário mínimo" a esses trabalhadores.