Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, o HDFF afirma que se tornou em 2015 "um hospital mais produtivo e eficiente", aumentando o número de cirurgias realizadas (6.800, mais 5,4% do que em 2014), bem como as consultas médicas (89.000, mais 6,1%).

Outros dados apontam para a realização de 7.000 sessões de hospital de dia (mais 9,8%) e 72.500 atendimentos no serviço de Urgência (mais 1,9% do que em 2014).

Por outro lado, o tempo médio da lista de espera cirúrgica diminui ligeiramente (2 meses e meio em 2014 para 2,5 meses em 2015), embora represente cerca de metade do registado dois anos antes, em 2013, quando se situava nos cinco meses, assinala a administração do HDFF.

"Esta melhoria verificou-se, também, na vertente oncológica, tendo o indicador ‘Percentagem de doentes cirúrgicos (neoplasias malignas) tratados em tempo adequado' passado de 87,1%, em 2014, para 100% em 2015", destaca.

Segundo a instituição, a "melhor gestão da lista de espera e dos tempos do bloco operatório" permitiu que no último dia do ano de 2015 (31 de dezembro) existissem "apenas cinco doentes com mais de 12 meses de espera", os quais "ou já estavam com a cirurgia agendada para janeiro ou a sua espera se devia a razões clínicas".

No final de 2013, a lista de doentes em lista de espera cirúrgica há mais de 12 meses era de 201 e em 2014 de 48, refere.

Os dados da monitorização do Serviço Nacional de Saúde, publicados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), colocam o HDFF como aquele que apresenta o custo operacional por doente padrão (2.496 euros) mais reduzido do seu grupo de hospitais, onde se incluem o hospital Santa Maria Maior (Barcelos), Vila Franca de Xira e os centros hospitalares do Médio Ave (Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão) e Póvoa do Varzim/Vila do Conde.

"O facto de o hospital ter aumentado a sua produção e a sua qualidade assistencial permitiu o cumprimento pleno do contrato-programa estabelecido com a Administração Regional de Saúde do Centro, captando, assim, para o hospital, os fundos contratualizados", adianta a administração do HDFF.

Frisa ainda que o cumprimento do contrato-programa e o controlo dos custos operacionais "foi determinante para o desempenho económico-financeiro observado em 2015", tendo o hospital da Figueira da Foz alcançado, pelo segundo ano consecutivo, cerca de 1,1 milhões de euros de lucros antes de impostos, juros, depreciação e amortização (EBITDA) "sem recurso a subsídios de convergência ou dotações financeiras extraordinárias".

A administração do HDFF assinala ainda uma "melhoria significativa" no prazo médio de pagamento a fornecedores externos - 132 dias em 2015, face aos 236 dias de 2014 "e que contrasta bem com os 504 dias de 2012".

"Simultaneamente, procurou-se reforçar a afirmação do HDFF como um hospital de referência na zona litoral do Baixo Mondego, continuando o aprofundamento das parcerias com outros hospitais e com os Cuidados de Saúde Primários", sustenta.