O responsável iniciou hoje em Trás-os-Montes um plano de visitas a todos os hospitais da zona norte para aferir da prontidão de resposta às necessidades que decorrem da época de inverno com picos de afluência que no ano passado congestionaram as urgências hospitalares no pico da gripe.

Os hospitais operacionalizaram um plano nacional de contingência para o aumento dos fluxos de doentes e o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, António Marçôa, está convencido de que “não haverá problemas” na região de Bragança até porque “95% dos utentes dos lares de idosos estão vacinados contra a gripe, assim como 60% da população com mais de 65 anos”.

A urgência do maior hospital da região, o de Bragança, sofreu obras recentemente que ampliaram o espaço e melhoraram as condições de circulação.

O plano regional de contingência prevê também a articulação com o internamento e entre unidades de saúde e a possibilidade de reforço de camas.

“O que vimos na ULS do Nordeste [é que] está perfeitamente preparada para responder àquela que é a afluência normal e está preparada para responder a picos de afluência que surjam durante este inverno”, afirmou o presidente da ARS Norte, Álvaro Almeida.

Todos os anos há picos nos fluxos das urgências hospitalares na época de inverno e este ano os responsáveis pela saúde quiseram com o plano de contingência “garantir que estão preparadas para responder a esses picos” e serem “proativos em vez de reativos”, como disse aquele responsável.

O presidente da ARS Norte apela, contudo à população que em caso de doença não emergente, se dirija primeiro aos centros de saúde, que nos períodos críticos estarão abertos até às 22:00 ou ligue para a Linha Saúde 24 (808242424).

O presidente da ULS do Nordeste, António Marcôa, indicou que as urgências dos distrito de Bragança registam “em termos médios um aumento de 30 por cento na procura, de novembro a fevereiro”.

Em alguns dias de anos anteriores chegou a verificar-se um aumento de 50%, o que significa que a média habitual de “150 a 160 doentes” disparou para “250”.

Neste inverno ainda não houve sinais significativos da gripe, mas o responsável regional está convencido de que não irá a haver problemas, a avaliar pelas condições existentes e porque, segundo disse, no ano passado os hospitais “não tiveram problemas” como outros do país aquando da “crise acentuada” com a afluência devido à epidemia de gripe.