19 de janeiro de 2013 – 10h22
Os homens têm mais 35% de probabilidade de vir a morrer com cancro do que as mulheres, por causa dos hábitos de bebida e comida, do diagnóstico tardio e dos avanços significativos no tratamento do cancro da mama.

Uma análise realizada no Reino Unido concluiu que em cada 100 mil homens 202 morrem de cancro. Em cada 100 mil mulheres esse número baixa para as 147 vítimas mortais, revelam dados de 2010.
Quando tipologias do cancro relacionadas com o sexo do doente são excluídas da análise – com o cancro da próstata, dos testículos ou dos ovários – a diferença ainda é mais gritante: os homens são 67% mais propensos a morrer da doença.
A probabilidade da morte por género varia dependendo do tipo de cancro, já que os homens são quase três vezes mais atreitos a morrer de cancro do esófago e quase duas vezes no que toca ao cancro do fígado, provaram estudos anteriores.
O relatório do Cancer Research UK, promovido pelo Men's Health Forum e pelo the National  Cancer Intelligence Network, foi divulgado esta terça-feira no referido fórum e incita os homens a adotar estilos de vida mais saudáveis. O documento pede ainda ao Sistema Nacional de Saúde britânico que desenvolva programas de rastreio mais cedo.
“As razões para o aumento de risco nos homens não estão completamente explicadas, mas os especialistas acreditam que está relacionado com o estilo de vida. Os homens bebem mais álcool do que as mulheres e têm mais peso e antigamente fumavam mais. Todos estes três hábitos são fatores de risco para um grande número de tipos de cancro”, lê-se numa nota de imprensa da Cancer Research UK, cita o Guardian.
Ciaran Devane, presente no fórum e responsável pela organização Macmillan Cancer Support, alerta ainda para o problema do diagnóstico tardio, que recorda que os homens vão, em média, três vezes menos ao médico do que as mulheres.
Em 2011, um outro estudo do CRUK concluiu que 45% de todos os cancros nos homens podiam ser prevenidos se os homens parassem de fumar, comessem e bebessem menos e tivessem menos peso.
SAPO Saúde