Para debater as questões em torno da hepatite C, as melhores estratégias a adotar no tratamento destes doentes, a recente evolução dos tratamentos e as controvérsias sobre o “atual estado da arte” no respeitante ao tratamento da doença, vários especialistas nacionais e estrangeiros vão marcar presença na Reunião Monotemática – “Hepatite C - Novas Realidades, Novos Horizontes” – organizada pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), que decorre no dia 31 de janeiro, a partir das 8h45, no Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães.

Sem sintomas

A maior parte dos infetados pela hepatite C não apresenta sintomas aparentes durante vários anos, o que provoca, na maioria das vezes, o atraso no diagnóstico e, por consequência, o agravamento da doença. Daí que o rastreio, através de uma simples análise sanguínea, seja de extrema importância. Normalmente, quando a doença se manifesta está já num estadio avançado.

José Cotter, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia refere que "entre 30 a 40% dos casos não tratados ou ineficazmente tratados, evoluem gravemente para cirrose, que é uma situação clínica grave e irreversível, cujo tratamento definitivo se restringe apenas ao transplante de fígado"

"Acresce que nos doentes com cirrose, o aparecimento de cancro do fígado, situação de muito mau prognóstico e com elevadíssima mortalidade, pode ocorrer até 20% dos casos num espaço de tempo de 5 anos", explica.

Da agenda da Reunião Monotemática fazem parte palestras, comunicações e conferências, com temas como "Estratégia de prevenção e rastreio", "Os tratamentos para 2015", "Há cirróticos prioritários?" ou "A cura definitiva existe?".