27 de março de 2013 - 14h14
Mais 94.611 utentes foram consultados nos cuidados de saúde primários em janeiro, face ao mês homólogo de 2012, apesar da redução das consultas médicas presenciais, revela hoje um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).
Em termos absolutos, o número de utentes individuais com acesso a, pelo menos, uma consulta com médico de família aumentou 4,3%, passando de 2.193.357 em janeiro do ano passado para 2.287.968 em janeiro deste ano, refere a Monitorização mensal da atividade assistencial de janeiro de 2013 da ACSS, a que a agência Lusa teve acesso.
Contudo, as consultas médicas presenciais tiveram um decréscimo de 4,2% (2.748.210 em janeiro de 2012 e 2.632.823 em janeiro).
Esta situação é explicada no relatório com o facto de estas consultas serem substituídas por consultas não presenciais (+4,9%) e pelo “aumento substancial da prescrição de receitas renováveis (12,6%), evitando visitas desnecessárias aos centros de saúde”.
Os dados indicam que em janeiro de 2012 foram prescritas 2.846.023 receitas renováveis, número que subiu para 3.205.055 no mesmo mês deste ano.
Já as consultas domiciliárias médicas e de enfermagem “mantêm a tendência de crescimento desejável e refletem o esforço de adequação das estruturas às necessidades das populações servidas”, adianta o documento.
Assim, realizaram-se mais de 20 mil consultas de enfermagem no domicílio, passando de 134.613 em janeiro de 2012 para 154.736 em janeiro de 2012 (14,9%).
As consultas médicas domiciliárias tiveram “um ligeiro decréscimo” de 1,2% (menos 231 consultas), passando de 19.083 consultas para 18.852.
Sobre os Serviços de Atendimento Permanente, o relatório refere que ao longo dos anos se tem verificado “uma desejável redução” da sua atividade, estando a sua utilização dependente da sazonalidade dos surtos infeciosos de doenças respiratórias e períodos estivais.
“O ano de 2012 e o início de 2013 demonstram uma tendência de estabilização da utilização desta tipologia de serviços”.
Lusa