16 de outubro de 2013 - 12h39
No total, contabilizaram-se 6815 casos de crianças e jovens em risco que mereceram a atenção dos serviços de saúde e que foram sinalizados às autoridades competentes em 2012, o que representa um crescimento de 25% em relação ao ano anterior, indicam dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). 
A negligência continua a ser o motivo mais comum entre os casos sinalizados.
O relatório da Comissão de Acompanhamento da Ação de Saúde Para Crianças e Jovens em Risco, divulgado hoje, conclui que “esta tendência de crescimento poderá refletir um efetivo número aumentado de situações que envolvem suspeita ou perpetração efetiva de maus tratos a crianças e jovens – fenómeno ao qual, sendo verdadeiro, não será alheio o contexto de crise global que as comunidades enfrentam nos últimos anos”.
Desde 2008 até 2012, foram reportados mais de 24 mil casos, o que dá uma média anual de quase cinco mil crianças ou jovens em risco. No que diz respeito aos motivos que levaram os serviços de saúde a reportar os maus tratos, à semelhança dos anos anteriores, a negligência domina com 67%.
O número de casos identificados como “outros” teve também um crescimento significativo para 9% (em 2011 eram 3%). 
Os maus tratos psicológicos representaram 12% das queixas, os físicos 7% e os abusos sexuais 5% – percentagens em linha com os anos anteriores.

SAPO Saúde