São cerca de 25 mil pessoas as que vivem em Portugal e que estão infectadas com o VIH mas não sabem. A estimativa é feita pelo diretor do programa nacional para a Infeção VIH/Sida, António Diniz, escreve o jornal Público.

De acordo com a taxa prevalência de VIH/Sida estimada pela ONUSIDA, o programa das Nações Unidas para a doença, o país terá entre 0,6% a 0,7% da população infetada, ou seja cerca de 65 a 70 mil pessoas.

Em março estavam a ser seguidos nos hospitais portugueses cerca de 31 mil doentes com VIH, segundo o sistema que regista este tipo de doentes, o que significa que o número total pode andar à volta dos 35 mil, estima o responsável, o equivalente a 80% ou 90% das pessoas diagnosticadas. Os restantes casos detetados podem não estar a cumprir o tratamento por desistência ou recusa.

Diagnóstico tardio

António Diniz estima que existam em Portugal cerca de 25 mil pessoas por diagnosticar. O objetivo da ONUSIDA é ter até 2020 90% dos cidadãos nacionais infetados com diagnóstico feito.

António Diniz diz que Portugal destacase pela negativa por continuar a ter diagnósticos muito tardios, já que 58% dos diagnósticos continuam a ser feitos já tarde. O objetivo é que Portugal chegue a 2016 com a sua taxa de diagnósticos tardios limitada a 35%.

Foi essa uma das razões porque, no início de 2014, decidiram estender os testes rápidos de deteção de VIH também aos centros de saúde.

Depois de dois anos de interrupção (2012 e 2013), o programa de troca de seringas nas farmácias foi retomado no mês passado e está actualmente a funcionar em 1039 estabelecimentos, afirmou ainda o diretor do programa nacional para a Infeção VIH/Sida.