As consultas de baixo custo estão a surgir, cada vez mais, como uma alternativa para quem não tem seguros, cartões ou subsistemas de saúde.  A notícia é avançada esta segunda-feira (05/09) pelo jornal Público.

Dois jovens decidiram avançar com a ideia de disponibilizar consultas de saúde a baixo custo com a startup FacultaTempo em 2013. O conceito entusiasmou o grupo Odisseias que criou, já em 2016, a sua própria plataforma online para a marcação de consultas, exames e tratamentos a preços que, nalguns casos, correspondem a metade do valor praticado pela medicina privada.

A Saúde Livre, plataforma deste grupo, permite que as pessoas marquem consultas através da Internet a preços que vão desde os 39 euros, para a maior parte das especialidades, sendo apenas mais elevados no caso da pediatria e da psiquiatria (45 euros), por serem geralmente mais morosas. Uma consulta de medicina dentária fica por 19 euros.

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Na FacultaTempo, os clientes marcam a consulta e recebem um voucher através de email, para depois escolherem as clínicas e os médicos que pretendem. As consultas de especialidade custam 35 euros, à excepção da psiquiatra (41 euros). Foi depois de ter tentado adquirir esta startup, sem sucesso, que o grupo Odisseias avançou com o projeto próprio. Ao jornal, Paulo Manique, diretor-geral da Saúde Livre, da Odisseias, comenta que se trata de "um booking de consultas, exames e tratamentos".

Também a associação de defesa dos consumidores Deco tem, desde maio, uma campanha que visa dar acesso a consultas baratas sem mensalidades ou fidelizações. A grande diferença é que apenas dá acesso a quatro especialidades, sendo que apenas duas são médicas: oftalmologia e saúde oral. As outras são psicologia clínica e nutrição. Os preços das consultas oscilam entre os 20 e os 35 euros.

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Ao diário Público, José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, diz que estas iniciativas por introduzirem "fatores de concorrência, é de esperar que sejam positivas para os cidadãos". Mas deixa um aviso: "A descida progressiva de preços terá um impacto, há valores abaixo dos quais não é possível prestar um atendimento de qualidade".