A região Norte é a que apresenta maior taxa de cobertura de vacinação contra a gripe sazonal, com cerca de 40 por cento da população de risco já vacinada, revelam os dados mais recentes do Vacinómetro.

O Vacinómetro é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral (APMCG), lançada em 2009, que permite monitorizar em tempo real a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe nos grupos-alvo recomendados pela Direção-Geral da Saúde, quer nos grupos prioritários habituais, quer no novo grupo de indivíduos com idades entre os 60 e os 64 anos, para os quais a vacinação passou a ser aconselhada.

Desde o arranque da época de vacinação, a 01 de outubro, foram vacinados cerca de 32,2 por cento dos indivíduos pertencentes aos grupos-alvo prioritários. Sete por cento confessou ter sido a primeira vez que se vacinou contra a gripe.

Mais de metade das pessoas vacinadas (50,3 por cento) pertence ao grupo com mais de 65 anos, 30 por cento aos doentes crónicos, 24 por cento às profissões de risco e 28,3 por cento ao grupo dos indivíduos dos 60 aos 64 anos.

Por regiões, o Norte figura em primeiro lugar, com 39,7 por cento dos indivíduos vacinados, seguido do Algarve (35,5 por cento), Alentejo (32,8), Centro (30,8) e Lisboa e Vale do Tejo (29,5 por cento).

A edição deste ano é marcada pelo reforço da amostra analisada e consequente diminuição da margem de erro, no sentido de melhorar a fiabilidade dos resultados. Assim, serão inquiridos 1.200 indivíduos em cada uma das cinco fases desta iniciativa, num total de 6.000 indivíduos.

A iniciativa conjunta da SPP e da APMCG decorre durante três meses. Os próximos resultados serão divulgados a 23 de novembro de 2011 e 11 de janeiro de 2012.

A gripe é uma infeção aguda viral provocada pelo vírus influenza, que afeta, sobretudo, o sistema respiratório.

No adulto, o quadro clínico típico caracteriza-se pelo aparecimento súbito de mal-estar geral, febre, dores musculares e nas articulações, arrepios, dor de cabeça e corrimento nasal. A gripe é mais perigosa nas crianças pequenas, nos idosos (com mais de 65 anos de idade), nos doentes com problemas do sistema imunitário (infetados pelo VIH ou transplantados, entre outros), ou com doenças crónicas (pulmonares, renais, cardíacas ou metabólicas).

Nestes grupos de doentes, a gripe, que provoca anualmente até 220 mil mortes na Europa, pode ter complicações graves e ser responsável por um elevado número de hospitalizações e de mortes.

28 de outubro de 2011

@Lusa