“No primeiro turno ontem à noite e também durante a manhã, os níveis de adesão à greve andaram entre os 80% e os 100% a nível nacional, em todos os serviços”, disse aos jornalistas Luís Pesca, acrescentando que a paralisação está a ter uma “forte participação de todos os profissionais, incluindo enfermeiros e médicos”.

Segundo o sindicalista, aderiram à greve auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, profissionais do INEM e “inclusivamente médicos e enfermeiros”, que estão abrangidos pelo pré-aviso de greve e se “reveem” nas reivindicações dos colegas.

Os vários serviços não urgentes como as consultas externas ou as cirurgias programadas foram afetados pela greve, afirmou Luís Pesca, sublinhando que só os serviços mínimos estão a ser assegurados.

O dirigente sindical especificou ainda que é na região de Lisboa que a greve está a ter maior adesão, principalmente nos hospitais de São José e de Santa Maria, mas também nos hospitais de Coimbra, no de São João, no Porto, e no de Braga.

Quanto aos motivos, Luís Pesca salientou que os “trabalhadores não se reveem na política deste Governo e deste ministro, que se recusa receber e negociar com os trabalhadores”.

O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exige ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde.

Luís Pesca alega ainda que o principal objetivo da greve é a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), responsabilizando a tutela pelas dificuldades do ponto de vista financeiro e humano que o SNS está a atravessar.

Entre as exigências que motivam esta greve está ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal, a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.